Quando nada servir, leia e leia muito. Ponto.Ainda muito mais substancial, escreva e escreva tudo aos montes e detalhes e sujeiras e todos os tapetes escondidos na fossa mental. Depois queime. E ponto. Escrever é como se, uma vez escrito confessasse sem pecado ao mais intimo, sem condenação de deus algum, nem inferno e lúcifer( o portador da luz).
Se for uma dor funda, e latente. Queime.
Se consegue reverter a dor em algo que seja proveitoso. Divulgue.
Se não consegue rasgue queime. Talvez seja só uma idéia boa de momento, na dúvida jogue por um mês numa gaveta e esqueça, caso sinta o fervor de cada signo. Está feito.
Talvez, seja um depravado! Um outro dia, faz tempo.Verdade.Um amigo disse:
- Que sou boa gente, mas muito ansioso.
Em volta, todas as evidências indicam. Há algo de podre, mas parece que somente eu enxergo. E quando converso, da forma que converso. Os sorrisos, e cumprimentos. E desconversam, e acaba. Finjo. Não disse nada. Não circulo. Não e-mail.Não uso pó no rosto.E meu seio não é de titânio líquido. Confesso, que às vezes acordo a noite.Suado.Ponto. E feliz. Ponto.Imagino que poderia voar como o super – homem(ou superman) e possuir o fator de cura do wolverine. E por vezes, ando lembrando do Professor Charles. E que não temos, mestre e nem professor.
E lembro de um poeta morto. E lembrando de Vinicius de Moraes, morto. E lembro de Gonzaguinha, morto. E meu pai quando partiu, partiu a minha vida de antes de depois; eu era uma criança de cinco anos no meio da sala abraçado a um homem cabisbaixo no meio da sala de estar. Acordei.Estava na sala e todos estavam e todos choravam. E não foi preciso dizer nada, apenas confirmaram o que eu já sabia. Uma saudade de Cássia, e uma vontade tremenda de conversar com Baden.
Meu horóscopo só diz o dia pela metade. E ponto. Faço um trabalho voluntário numa casa de prostituição. Estou falando sério. Não sou depravado como falam. Vou todas as sextas –feiras a tarde converso com cada uma delas. São histórias de seres humanos, sabe? Quando se é machista, e contemporâneo e uma série de resquícios coloniais do patriarcado. Ir a um brega. É ação sabe?!. Sexo. Sexo Selvagem. Sexo Sado. Um monte de puta. E cafetina. E segurança. E bebidas. Estranho! Estranhíssimo, mas nunca transei com nenhuma delas. Estranho?Estranho. Outro dia um sujeito no dia de Natal com outros mais, bateu na porta e disse: - Cadê as meninas? E a Mestra, disse: - Foram ver a família.E o sujeito bateu na Mestra e em todas com um porrete do tamanho da frase: E puta tem família? E doeu, quando me disseram. Quero parar de ir lá. Vou parar de ir ao local. Não quero ir mais lá. A vizinhança toda já me conhece. Depravado. Minha ex-mulher, sempre vai comigo. E conversamos, com todas. Mas, quero continuar ouvindo histórias é isso que faço, ouço histórias. Um ouvidor –mor de estórias e histórias. Talvez seja uma profissão do futuro, estou me preparando para tanto.
Quer saber mais?Minha chefe por alguma razão cármica intergaláctica chame do quiser, não gosta de mim. E pontua todos os dias que chego atrasado, e são raros. Chego no horário, o comum. E pontua. E até quando chego antes do previsto. É sei, ela era Barrabás, e eu joguei pedra na Cruz de Cristo, coitado.Só estou informando precisa ouvir, não.
Forte Abraço.
Um comentário:
Excelente texto e ponto. Falta algo ? Sim,falta ...
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