sábado, 11 de maio de 2013


Eu vim de bem longe


Aos primos, primos, tias,
 tios, avós e avôs.

...
...

as famílias esperavam pausavam seus movimentos para cada movimento de signos e miscelâneas de nossas peles, fusão, éramos os parentes de outros tempos longe e tão naquele instante éramos longe entre eles mas estávamos lá e somente lá ....

... a vida,
... vias...

a feira esparramada na porta da minha avó materna no dia de todo domingo de feira a feira de sempre feira de todos os domingos de esparramar-se na feira entre tantas melancias e laranjas.
...
... corríamos as veias de um ponto a outro das casas dos nossos um bilhete de um destino a outro uma benção de um destino a outro entre bênçãos e destinos estávamos soltos no mundo vez em vezes errávamos os bilhetes de um a outro escrevíamos nas graças de um mais ousado na audácia de cada um confiante em cada um éramos mais e fortes  pais de uma irmandade cúmplice éramos os únicos feliz talvez os mesmos a cada meio e fim de ano sempre numa intensidade num som ou cor de cada, um fuxico de várias vozes várias vozes de uma só nota.

... a cidade,
... a vida,
... vias...

...

os domingos passavam as cidades repassavam em estadias passadas ...
éramos a estrada macia esburacada novamente a correr em placas e matagais e vez e poucas vezes mais vezes ínfima encalacrada éramos a volta, meia volta e volta e meia
 a casa no carro dentro daquele automóvel.

...  a estrada.
... as cidades.
e as velhas...

...