quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A Intolerância Religiosa: Um Caso de Linguagem e Outras Bagatelas

Tenho Fé (Fidelidade em honrar seus compromissos) ao afirmar que a intolerância religiosa é um caso de linguagem e interpretação do texto com outras miscelâneas de interesses, mas vamos aos fatos. Todas as religiões em seus relatos de fé acreditam em algo maior, e ponto. Todas ou a maioria, desejam uma vida melhor em algum “estado de consciência”, um local chamado paraíso ou mesmo afirmar a Paz, a Fé como objetivo e meio de uma vida de glórias. Mas, se todos desejam o mesmo ponto final, qual a dificuldade em dizer Deus em árabe, hindi ou português?

Pois nem eu e nem Nietzsche acreditamos em um Deus que não saiba dançar. Em um Deus perverso, em um Deus – Bagatela - Recompensa por um trocado, um bom bailado.
Para entrar a porta dos templos é imprescindível saber o significado das palavras religião, crença, fé , quando nada uma “poeira” sobre cada uma. Já adianto que religião vem do grego religare, ligar-se a algo, ao mistério. Aos demais “fiz uma prece ao Google e o grande oráculo respondeu”: Crença: Ação de crer na verdade ou na possibilidade de uma coisa. Convicção íntima. E Fé, dito no começo.
Seguindo ... na seara Cristã, nada há de errado em amai-vos uns aos outros como a ti mesmo. Na senda mulçumana cinco preces ao dia, uma crença inabalável em Allah e em nenhuma linha se quer diz: sereis homem-bomba e multiplicai-vos. No Budismo, o caminho óctuplo – visão correta, intenção correta, fala correta, ação correta, viver corretamente, esforço correto, atenção correta, concentração correta. Nas religiões de Matriz Africana, com a oralidade se transmite respeito à natureza, respeito aos mais velhos, respeito aos mais novos, entre outros preceitos. A Religião Espírita professa amor ao próximo, a fraternidade, a tolerância, a esperança,  a fé.

Em linhas gerais poderia elencar uma infinidade de religiões, seitas, crenças e credos em diálogo constante com a mesma divindade, mas em símbolos distintos há milênios, e a essa altura a pergunta é inevitável, onde erramos? E deste ponto em diante é desastroso falar, pois ao longo da nossa história homo sapiens sapiens (dotados de conhecimento) são muitas armas em prol de Deus,  guerras, brigas de vizinhos, intrigas, inveja, intolerância, inevitáveis falácias sobre deidades e práticas sagradas falsas. Só para citar palavras com in.
Erramos! E erramos feio, e repetimos o erro. "E assim caminha humanidade a passos de formiga". Mas, a formiga é genial. É uma comparação, injusta com a mesma. Vamos aos fatos, dois pontos: Formiga trabalha em grupo, constrói, armazena, dialoga. E nós homo sapiens sapiens? Ego, despotismo, intriga, rancor. Inquisição. Guerra Santa (ou Jihad se preferir). Não perdoamos, nem somos caridosos. Sim, meninos e meninas, a história se repete e não contamos mais fábulas, pois Papai Noel é real e nos contam a mentira como certas verdades para no final descobrimos que a culpa é fatiada em parcelas enormes. Uma falsa promessa.

Mas verdade seja dita, caso a humanidade fosse tão má, como tem sido dito em tantos pontos levantados, estaríamos perdidos, ao que a Seicho-No-Iê diz: - que o mal não existe, tudo não passa de ilusão ...
Do contrário qual vontade teríamos de estar VIVOS? Qual seria a graça de surgir tantos homens e mulheres notáveis, alguns a milênios outros um dia desses estava nas praças oferecendo comida? Ou cartazes de gentileza? Todo o elenco que entendeu "qualquer maneira de Amor vale a pena, qualquer maneira de amor valerá" e faz pelo outro o que se faria consigo. Estamos reciclando e se não for dessa forma não vai.

Ainda sem querer entrar nessa pauta, mas com os pés ficados já tenho a impressão (e impressão é eufemismo) que qualquer outro assunto em seu cada assunto tem uma ação direta na Economia. Isso pensando em “tempos modernos”. A Educação, a Religião, a Arte tem. E em tempos modernos medimos a qualidade pela quantidade e na Religião, ou para a Religião ou com a Religião, ou Contra a Religião. Dizem assim os noticiários: - Milhares de religiosos! Os incrédulos dizem: - As religiões faturam milhões! E muitos dizem: O líder religioso possui milhões de seguidores. E ponto. E quando se realiza o balanço pouco sobra de Fé, Crença e Religião. Entraria até em questão politica, mas estou sendo politico por demais. Nessa prosa sou de inteira responsabilidade minha e só posso falar por mim. Defendo a integralidade do respeito às diversidades religiosas e suas muitas manifestações, claro e elementar sem querer achar tudo normal. É quase impossível descrever a opinião do outro, ou de outros segmentos de modo igual, o mesmo, mas há os pontos de convergências, há a singularidade. No entanto na diversidade é que crescemos, só para ilustrar mais o nosso enredo, conheço uma família, a família dos Santos (sobrenome mesmo) que o pai era espirita, a mãe católica, e tiveram muitos filhos. Uma espiritualista, formação católica e estudiosa de vida em outros planetas, um outro é espiritualista – divulgador da cultura de paz, uma também é espiritualista, e já fez parte da rosacruz, um é reikiano, há um babalorixá (conhecido como pai de santo), uma seicho-no-iê, uma evangélica, um católico, um indeterminado, mas frequenta todos os templos. E todos, se sentem um. Com todos os defeitos e conflitos que toda a família tem, pois família tem conflito por perfeita que seja!!! E a vida segue.
 
O grande mistério da vida, por incrível que pareça, já conhecemos e é, por que não praticamos o que sabemos com tantos grandes líderes religiosos? Éramos para ser um planeta azul em ordem e em progresso; com tantos teóricos religiosos e de outras áreas; éramos para ser um planeta azul sem fome; com tantas experiências marcantes nas mais diversas línguas; éramos para ser um planeta azul sem dor em nenhum corpo. É como se estivéssemos o tempo todo tentando anular a nossa existência. Nenhum homem ou mulher é só o órgão coração, ou somente a raiz do cabelo, ou ainda só bíceps. Não preciso dizer, mas reforço. Há um corpo diverso com músculos, ossos, órgãos, pele, cérebro, pêlos, olhos, joelho, pés. No mínimo físico, mente e espirito. E cada parte uma complexidade. E mesmo assim há o simples. Para todo esse corpo é fundamental o bom funcionamento, e para tanto uma boa alimentação, água (somos líquido), sono, exercícios físicos, exercícios mentais, oração, respiração, o toque, o cheiro, o gosto, o ver, o falar, o ouvir.
Se há algo de errado, o corpo reage em busca da cura. Mas, não com inveja. Desconheço, a boca ter inveja dos olhos, ou o ouvido querer destruir o nariz, ou ainda o estômago não gostar do ânus. Observe! Uma determinada área não funciona, sobrecarrega a outra e o corpo ajusta até chegar o ponto correto ou em muitos casos, adaptar-se com o que restou.

Deve haver dentro de cada um, algum lugar chamado Respeito, se conhece algum lugar assim, sinaliza, pois é para lá que converge o centro.

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